Ai de mim!
Tua saliva é veneno!
Ai de mim!
Ai de meu corpo inerte, ausente.
Nada mais que pele convulsionada
e liquefeita.
Sei da minha culpa.
Abri, para ti, minhas pernas
Deixei-me ser ferroada.
E agora, impregnada de insaciável
vontade
Pereço aos poucos.
E agora esse desejo fez de mim
morada permanente.
Ah, esse desejo...quanto desejo!
Ele me derrete.
Ele me consome.
Ele parasita meu corpo,
Se faz dono das minhas forças e
raciocínio
De tal forma que já nem sei o que
és!
Perdição ou antídoto?
Ai de mim...o que me resta é nada
além de esperar em febre por mais de você, animal perigoso
Peçonhento
Delicioso...
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