sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

ESPECTRO

 


Desejo aflita.

Sonho acordada.

Queimo molhada.

Buscando preencher-me do que não tenho.

Como pode?

Como pode isso não ter morrido?

Secado, evaporado, desaparecido?

Como pode você estar tão aqui?

Como posso ainda gozar por um espectro,

Uma sombra do ontem?

Te exorcizo!

Te expulso, te esconjuro!

Te ordeno que abandone meu corpo

E pensamentos!

Ou que me leve de uma vez!

Que me deixe aprisionar-te dentro de mim

Como prisioneira estou agora...

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