Peço perdão aos céus.
Peço perdão àqueles cuja moral é
cristalina.
Peço perdão aos inocentes de
espírito e coração.
Pois eu pequei! Pequei em
pensamento.
Pequei porque quis um moço
proibido.
Uma face pueril num corpo
másculo, forte.
Pequei porque o quis.
Pequei por que o quero.
Pequei porque o sinto e o devoro
em minhas fantasias.
Pequei porque deitei-me sobre ele
E o deixei deslizar-se dentro de
mim
Com a face assustada e fascinada
Por possuir uma mulher pronta.
Inteira.
Verdadeira.
Insana e sensual.
Pequei porque retirei do seu
corpo jovem
Não apenas seu branco e doce
néctar
Mas talvez algum remanescente de
inocência.
Por ter mostrado o que seus olhos
talvez não pudessem ainda ver.
Por ter dito palavras que talvez não
estivesse preparado para ouvir.
Por tê-lo feito se contorcer de
prazer
Tão intenso quanto um soco no
estômago.
Por ter me masturbado ao imaginar
seus gemidos
Saídos de sua boca nova,
vermelha.
Tal qual fruta acabando de
amadurecer.
Ah, eu pequei!
Eu peco.
E eu peço por ele
Todas as noites
Entre as pernas.
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