Ela
era uma puta!
Puta
das mais genuínas que já conheci.
Batom
vermelho nos lábios ferozes
Decotes
e rasgos e roupas curtas
Saias
e seios
Quase
encobertos
Por
finas blusas de algodão
Puta
Havia
lido muito
Viajado
muito
Trabalhado
o mundo
Beijado
um tanto
Bebido
o pranto
Trepado
fundo
E gozado
oceanos
Molhados
e quentes
Sobre tantos e tantas
Soberanos e Anas
Aquela
puta
Que
não se calava
Que
não se dobrava
Que
olhava sórdida
Minha
vã tentativa de domá-la e contê-la
E
guardá-la
Puta,
puta, puta!
-
Puta é mulher da vida! Mulher vivida, mulher vívida!
Pois
que em seu vocabulário,
Puta
é livre!
Puta
é ser e viver
Sem
nada dever.
E perto
desta grande, enorme, grandiosa, infinita puta
Minha
mediocridade
É bruta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário