Sabe...eu queria trepar com você.
Mas eu queria trepar com um "tu" de hoje, de agora, desse momento.
Repleto das dores e aflições e tristezas atuais.
Eu queria sentar em você.
Cavalgá-lo, domá-lo, apertá-lo, completá-lo. Até lá: o talo!
Mas queria uma montaria sem tanto ontem, sem tantos anos atrás
E ainda tão atuais. Sem tantos ecos audíveis de vozes antigas
Já tão conhecidas, e velhas e roucas.
Queria foder você. Com você. Sobre você.
Embriagar teu pau escuro com meu sumo delicioso
Cheio de tesão, cheirando a gozo e loucura.
Mas queria que você fosse novo. Renovado.
Sem tanto passado presente
Sem esse cheiro de mofo, sem essa cor arcaica
Sem esse pretérito puído que você não solta!
Queria comer você. Inteiro, sem exceção nem restrição
Sem roupas, disfarces, amarras ou pudores
Sem ressalvas, limites, receios, jogos, mentiras
Sem os freios e os "talvezes".
Mas apenas se você estivesse aqui.
No hoje!
Filho de um agora livre
E bem resolvido.
Veja, meu bem,
Meu gozo é rio:
É corrente
Vigente
Crescente
Recente
PRESENTE!
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